Será arrepiante expedicionar de Bariloche à Mendoza (AR) pela Ruta 40 no meio de muita neve.
Sábado, dia 16 de julho de 2011, partimos de Novo Hamburgo na hora de sempre. Eram 04:00 e o grupo estava unido, “faceiro” e no caminho fomos pegando mais parceiros e no final sete “coches” estavam rumando a Rio Branco (Uy). Uma pequena parada na PRF de Eldorado do Sul e a grande surpresa. O LK aparece pronto para viajar, inclusive de Moleton da Expedição. Foi uma alegria geral, pena que durou pouco pois tivemos a companhia deles somente até Colonia Del Sacramento (Uy), mesmo assim valeu muito a pena. Aniversário do Adelar, que não pagou nada. O Jantar a beira do Rio da Prata depois de rodar 1011kms estava “extraordinário” como diz nosso parceirinho Paulinho TNT.
Domingo, dia 17 de julho de 2011,depois de uma despedida da Família Klauck, que levou todos às lágrimas, a bordo do Buquebus, o grupo zarpou para B. Aires e depois para Bahia Blanca (Ar), com o Jerri no comando, atravessamos a capital Argentina sob o olhar tristes dos Hermanos, pois tinham sido derrotados pelo Uruguay, mal sabiamos nós que ainda na Ruta ouviríamos através de uma narração portenha a derrota da nossa seleção para o Paraguay. Parece que isso “reanimou”os Argentinos, que sempre muito solícitos nos atendiam com muita diversão. A policia caminera esteve “mui hermosa” pois em nenhum momento foi descortez conosco. Até atacaram o Adelar, mas era para dar uma olhada naquela “machina” laranja. Chegamos em Bahia Blanca já passava das 20:45, exaustos ainda sobrou um tempinho para uma parillada.
Segunda, dia 18 de julho de 2011, como não deu para encarar o “desayuno” do Hotel de Bahia Blanca, conseguimos sair antes do previsto. O Eduardo, que é novato no grupo estava impecável e uma hora antes do previsto já estava com a Micheline e as meninas prontinho para Zarpar. E então atravessando o deserto de La Pampa via Neuquém realizamos os 1046 kms na maior curtição. A grande e fantástica surpresa, a exatos 188kms de Bariloche, neve, mas muita neve no caminho. Uma pena que não necessitou as “cadenas” mas o furdunço foi geral. Até o comportado Tony estava fazendo zerinho na neve. As vós, Lóine e Rosa estavam agarraditas para não cair. O ponto alto da Expedição até Bariloche foi a Zeca, a bordo de sua Triton, puxou 60% do caminho e em poucas vezes baixava de 150 km/h. Sempre no rádio, vamo...vamo...vamo. Chegamos ao Hotel Villa Sofia, com -3°C com uma certeza. As férias serão inequecíveis. As crianças estão excitadíssimas. A noite mesmo prepararam uma guerra de bolo de neve. Eles não sentem frio. Amanhã desafiaremos o caminho pelo vale encantado que está coberto de neve e tentaremos chegar a Villa Trafull. Não deixe de acompanhar as nossas aventuras e curtam um pouco das imagens do trajeto até Bariloche. Um grande abraços. SL
Terça-feira, dia 19 de julho de 2011. Acordamos mais tarde, com exceção é claro, da Dna Micheline, que para não perder a hora e com “medão” do SL, cai da cama as 06:00. Saímos do Hotel em busca de roupas para a neve, pois aqui está tudo branquinho. No centro, todos paramentados, decidimos pelo prazer. Uma TRILHA em direção a Villa Traful. Algumas de nossas senhoras, com exceção da Trix e da Pépi, optaram por continuar nas compras. Então partimos para a Villa, mas no meio do caminho encontrei um acesso a Cuyn Manzano, neve aos borbotões, acesso digno de filmes de hollyood. Então após alguns quilômetros estávamos lá. Um único casal a habitar esse longínquo local. Aproveitamos para adesivar um Willys bem velhinho que lá estava coberto de neve. Retornamos pelo mesmo caminho e então em direção a Villa Traful nos deparamos com o fenômeno mais comentado desde 05 de junho. Ah, o vulcão teve uma nova erupção e cinzas, mas muitas cinzas começaram a cair. Passamos pela belíssima Villa tomada de cinzas e muita neve e nos dirigimos a Villa La Angostura. Gente, que tristeza, a belíssima e hermosa Angostura está realmente coberta de cinzas. Que pena das pessoas que lá estão. No retorno as cinzas persistiram e os nossos possantes chegaram como se estivessem passado por uma guerra. Estão realmente pura cinzas. Um forte abraço aos amigos e até amanhã. SL
Quarta-feira, dia 20 de julho de 2011. Hoje, dia do amigo, fomos ao Cerro de Piedras Blancas. Meu Deus do céu...os Lameiros viraram crianças. Havia muita neve, as pistas de “Ski Bunda” estavam rápidas e a diversão foi maravilhosa. Passamos o dia lá e a tardinha um banho de piscina a “incrédulos” 42°C. À noite, finalmente, o Adelar pagou uma torta e um Happy Hour no estilo Lameiros do Sul foi o ponto alto da noite. Estamos aqui fazendo uma revolução no lobby do hotel. Muita champã, vinhos, queijos, salames, e outro acepips. Agora estamos todos curtindo uma chuvinha com muito frio. Curtam as nossas aventuras e mais uma vez um abraço saudoso. SL
Quinta-feira, dia 21 de julho de 2011. Chovia torrencialmente pela manhã. Cerro Catedral fechado pelas más condições climáticas. O que fazer em Bariloche num dia chuvoso. Passear. Mas resolvemos dar uma passadinha no Cerro Catedral para se certificar que estava mesmo fechado e sim, com uma tempestade de neve no cume e muita chuva na base, não abriria hoje. Então realmente fomos passear. Mas passeio para os Lameiros do Sul sempre significa algo a mais, e Eu, SL não decepcionei. Achei uma porteira aberta, entrei. Pessoal era uma trilha de quadriciclos que subia e subia. Mas como subia, na encosta de um cerro ao lado do Catedral. Tração...mais tarde reduzida. Subimos e subimos e a Zeca firme atrás do Troller do maridão, Eu. O negócio foi ficando estreito, escorregadio e muito alto. Dei uma trancada. Não atolei, só não ia mais para frente. O Jerri se aventurou entre a Zeca e Eu e o penhasco, passou e uma corda me fez vencer um muro de neve na frente do Troller. O novato Eduardo deu um show com sua Dakar com pneus originais. Enquanto a Nathália se debulhava em lágrimas e dizia “sou muito nova para morrer” sua irmã Nicole vibrava. A vó Lóine apavorada rezava. Micheline mais tarde confessou que rezou muito. Enfim subimos até o topo desse cerro. A descida foi também muito legal. Ora, foi excitante maIs muito pouco para o Dia. Então um almoço no Llao Llao Resort foi prazeroso e por fim um city tour no Circuito Chico com direito a recolher “Las cenizas del volcán”. A noite foi de compras. Para amanhã estaremos na dependência do clima. Outro abraço. SL
Sexta-feira, dia 22 de julho de 2011. Hoje o sol voltou a brilhar, o frio deu uma trégua e a galera já cheia das preguiças só conseguiu sair do hotel perto do meio-dia. Subimos ao cerro Catedral para esquiar. Isso mesmo, a Lameirada deixou as trilhas e foi para o Snowboard e esqui. Gregory e Jerri foram os protagonistas do dia. Jerri parece um esquiador da terra e o Gregory fez e aconteceu no Snowboard. Já o novato Eduardo mais ficava de pernas para o ar do que esquiando. E assim passou o dia. Confiram as fotos no site. Um abraço! SL
Sábado, dia 23 de julho de 2011. Uma semana na estrada, mais uma nova emoção. Saímos cedo hoje do hotel, novamente para o Cerro Catedral, pois ontem não subimos a montanha. Os primeiros a chegar na base, adquirimos os passes e fomos para o Cable Carril. Bondinho exclusivo para os Lameiros do Sul. Depois de 3.000 metros lineares de subida e 1.025 metros de altura atingindo 2.000m de altitude chegamos ao topo do Cerro. Imagens indescritíveis, pois havia nevado muito à noite e a Casa Lynch estava parcialmente encoberta de neve. As escadarias não existiam e ao caminhar enterrávamos até o joelho. Ficamos lá em cima até o meio dia. Depois partimos em direção ao Refúgio Neumeyer. Que delícia, subimos por estradinhas nevadas e com vários arroios e é claro que nunca passamos pelas pontes e sempre ao redor delas. Lá no refúgio escalamos a montanha nevada até o Mirador. Ufa, que cansaço. O gordinho aqui ficou exausto. Depois disso tudo, um almoço às 17h no Restaurante Família Weiss e a novidade. Um restaurante todinho para nós. Serviço de primeira e todos de barriga cheia atacaram mais uma vez as lojas. Amanhã será o nosso último dia em Bariloche, pois na segunda cedinho o grupo parte para a 2ª parte da expedição. Um novo caminho ainda cheio de incertezas quanto ao roteiro. Um abraço. SL
Domingo, 24 de julho de 2011. Último dia em Bariloche. A galera já apresenta um certo cansaço e por isso o dia foi mais leve, típico dia de domingo. Mas o Jerri e a Pépi e o SL mais a Zeca e a Rosinha não apresentavam essa aparente fadiga e então foram em busca de imagens do Vulcão Puyehue (pucheuê). Partimos cedinho para Villa La Angostura e o que presenciamos foi desolador. Imaginem terra arrasada. Hiroshima depois da bomba atômica. Assim parecia a Baía Manzano, lugar chique de lindos hotéis e acochegantes pousadas e casas de veraneio. Tudo arrasado, destruído. Estivemos na Hosteria Puerto Sur, onde inicialmente ficaríamos hospedados. Um magnífico local, uma pousada muito “hermosa” e o proprietário nos recebeu muitíssimo bem. Porém os estragos e prejuízos são irreparáveis. Na Villa tudo igual. Mesmo que tenha havido um intensivo para melhorar a aparência esse esforço foi em vão. Lojas e restaurantes nem abriram para essa temporada. Montanhas de “cenizas” se amontoam por todos os lugares. O Cerro Bayo, importante centro de Sky está destruído, a neve não dura, pois as cinzas caem quente e derretem essa neve em um ou dois dias. Os teleféricos estão espalhados pelo chão. Tudo desolador. Uma tristeza que ninguém tem culpa. Na tentativa de chegar mais próximo do vulcão nos dirigimos em direção a fronteira chilena. Nada feito, uma avalanche de pedras, areia e cinzas levou a “ruta” morro abaixo. E assim voltamos meio frustrados por não conseguir chegar perto do vulcão “destruidor”. O TNT, o Tony e o Adelar pegaram o Gregory, o Tchully, a Nathália e o Dodô e subiram o Cerro Oto para um chocolate quente. Estavam todos radiantes pois pela quantidade de neve foi realmente uma façanha Lameira. Amanhã começa a 2ª parte da Expedição, vamos subir pela Ruta 40, passar em Caviahue para uma foto na Expedição Caviahue 2011 (Clódio, Paulinho HC, EV e Rogério) e depois rumamos para Chos Malal. Um forte abraço. SL