ACONCAGUA - PORTILLO, LOS ANDES, SANTIAGO, VALLE NEVADO, CORDILHEIRA, PASO PINO HACHADO
CONTINUAÇÃO (Parte 3)
28/11/07 Quinta – Mendoza, Penitentes, Ponte Del Inca, Túnel Cristo Redentor, Portillo, Caracoles, Los Andes, Santiago.
– Eu (Jerri) e a Pépi (minha esposa) nos despedimos do grupo comandado pelo Supremo (Dr.Luciano) que começava sua viagem de retorno para casa a partir de Mendoza e continuamos numa expedição solo pelo Chile (apenas um jipe Troller).
Saindo de Mendoza passamos por Uspallata para cambiar alguns pesos argentinos por chilenos e cruzamos a Cordilheira dos Andes pelo Aconcagua. Na Cordilheira não deixamos de dar uma paradinha para fotos na Ponte Del Inca, nas estações de Sky de Penitentes, Portillo, e no famoso Túnel de Fronteira Cristo Redentor. Depois fomos direto à Santiago saborear a típica cozinha chilena no jantar.
29/07/11 Sexta – Santiago, Valle Nevado, Farellones, La Parva, El Colorado, Buin.
– Era dia de conhecer as tão badaladas e mais famosas estações de Sky do Chile, o Valle Nevado, El Colorado, Farellones e La Parva.
São realmente maravilhosas. As paisagens são inesquecíveis e o frio é congelante. A subida até as estações são uma atração a parte. Contamos 62 cotovelos desde o começo da subida até o Valle Nevado. Para chegar às demais estações se desce um pouco e sobe novamente por mais outros tantos cotovelos que perdemos as contas. Os famosos Caracoles da Cordilheira ficaram insignificantes se comparados à esta subida que chega à 3000 metros e em sua maioria com o asfalto coberto por gelo neve nas laterais. Aliás, ali não houve economia de neve. Olhando-se para todos os lados o visual era apenas de montanhas completamente cobertas de neve. O uso de óculos de sol era indispensável devido a forte claridade.
No final da noite descemos para Santiago e decidimos seguir para o Sul do Chile, já que nossa intenção era cruzar a Cordilheira no Paso Pino Hachado que fica a 900 Km de Santiago.
Quando estávamos a uns 100 Km distantes da capital nos deparamos com um problema mecânico e tivemos que dormir numa cidadezinha chamada Buin. Lá fomos recepcionados pelo vice-prefeito e sua família (o Sr. Eugênio Rollano & Hijos) que nos deu carona ao hotel local e providenciou o conserto do jipe bem cedinho no dia seguinte.
30/07/11 Sábado – Buin, Santiago, Los Andes.
– Por precaução, antes de continuar nossa descida para o Sul resolvemos consultar os Carabineros Del Chile para saber se o Paso de fronteira estava "abierto". A resposta foi: cerrado e sem previsão.
Putz, precisávamos de uma mudança rápida nos planos para não ficarmos presos no Chile. Resolvemos então fazer meia volta e cruzar a Cordilheira pelo caminho que viemos e que estava com pouca neve quando passamos, Los Andes – Uspallata/Mendoza.
Mas, para nossa surpresa, a medida em que avançávamos pelas montanhas da Cordilheira, depois de Los Andes, a neve começava a cair e com uma intensidade cada vez maior até encontrarmos uma barreira policial que nos impediu a passagem.
Como a noite já vinha chegando resolvemos ficar num belíssimo hotel recém construído especialmente para receber os turistas impedidos de seguir pela nevasca.
31/07/11 Domingo – 900 Km até Sul do Chile, Longuimay, Vulcão Llaima, Vulcão Longuimay, Vulcão Tolguaca, Túnel Las Raices, Paso Pino Hachado, Las Lajas, Zapala.
– a Cordilheira continuava “cerrada” em Los Andes e depois de uma ligação para os Carabineros, ficamos sabendo que no Sul do Chile, o Paso Pino Hachado estaria “abierto” até o final do dia, pois as máquinas estavam trabalhando para manter o caminho em codições de tráfego.
Lá fomos nós, 900 Km até Malalcahuello-Longuimay. Lá havia um Túnel de 4,5 Km no meio da Cordilheira dos Andes que dava acesso ao Paso Pino Hachado na Argentina e, portanto estaríamos novamente em condições de pegar a estrada de volta para casa. Tudo isso foi uma aventura e tanto. Inesquecível e vitoriosa porque conseguimos conhecer tudo aquilo que havíamos programado. Mas, ainda tinha uma surpresa guardada para nós. Após bater muitas fotos dos vulcões que são vistos de perto nesta travessia da Cordilheira fui surpreendido com o gelo na pista, numa curva fechada e traiçoeira que desgovernou o jipe. Foram várias rodopiadas pela pista até que, quando pensava estar alinhando, um novo deslize me levou direto ao barranco de neve fazendo com que o jipe virasse de lado no asfalto congelado. Ninguém se machucou.
Logo chegaram alguns outros viajantes que ajudaram a desvirar o Troller. O gelo era tanto que as pessoas caiam com facilidade ao caminhar no asfalto.
Para minha surpresa, mesmo neste fim de mundo, havia alguém para bater fotos, postar num blog, que foi encontrado pelo Jornal NH e publicado no dia seguinte bem cedinho. Nossa, que mundo globalizado que vivemos e que competência deste nosso jornal!
Bueno, desvirado o Troller, terminamos de cruzar a Cordilheira, e seguimos nossa viagem de retorno à Novo Hamburgo, onde chegamos sãos e salvos, com uma bagagem imensa de experiências novas, muitas fotos e vídeos para recordações e muita história para contar.
01/08/11Segunda – Zapala, La Pampa, Desierto, Mercedes.
02/08/11 Terça – Mercedes, Rivera, Novo Hamburgo
Abraços a todos que acompanharam esta expedição. Em breve voltaremos numa nova aventura esperando poder contar com a presença de Lameiros muito queridos que não puderam acompanhar desta vez.