Expedição Nordeste 2008

 
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Lameiros e Paralamas nas praias do Nordeste

Dia 11 de julho de 2008, em Fortaleza/CE, Lameiros do Sul e Paralamas Off Road embarcaram seus jipes na cegonha rumo ao Nordeste Brasileiro.

Após enviar numa cegonha os 4 Trollers e uma Cherokee para Fortaleza no Ceará, Paralamas e Lameiros preparam-se para embarcar rumo à Expedição Nordeste 2008. Estes dois grupos já vem viajando juntos há alguns anos.

Como o comboio estava aumentando a cada ano, decidiu-se então fazer duas expedições completamente distintas para poder dividir o grupo e satisfazer a todos os gostos. Quem preferiu a neve enfrentou a Expedição ao Vulcão Osorno no Chile e quem preferiu sentir um calorão em pleno inverno vai agora enfrentar os desafios do litoral nordestino.

Com a experiência das Expedições Chuí, Travessia do Plata, Bariloche, Pantanal e Desafio nos Andes-Chile o grupo que gosta de frio partiu no dia 16 de julho para o Chile e tem o seu diário de viagem publicado no site.

Este grupo que vai ao nordeste, de 1 a 16 de agosto, pretende percorrer 7 estados, sempre que possível pelo litoral (praias, dunas, travessias de balsas, jangadas, etc). Estão previstos passeios por diversas praias paradisíacas e um rápida passagem pelas capitais dos sete estados. Acompanhe nossa aventura nesta página.

01/08/08 – Saímos de Novo Hamburgo às 04:00 horas (Jerri, Rogério, Clódio e esposas). Após uma cansadíssima viagem aérea chegamos em Fortaleza por volta das 13:00 horas. Pegamos os jipes, fomos ao hotel, que tem vista para o mar e depois fizemos um reconhecimento, à pé, da orla marítima da capital cearense. Visitamos as feirinhas de artesanatos e depois fizemos uma breve confraternização à beira da piscina do hotel, onde encontramos o Paulinho TNT e família. Eles haviam chegado um dia antes.
Hoje, todos estão muito cansados e decidiram pelo descanso à noite, além de ficar na espera do Adelar e da Fátima virão no vôo da meia noite. Amanhã, pretendemos conhecer a fábrica da Troller, o Beach Park, a Praia do Futuro e alguns pontos turísticos até o começo da tarde. Depois está marcada uma mini-trilha num local conhecido pelos jipeiros de Fortaleza por Trilha dos Cataventos, pois ela fica nas dunas junto à usina eólica.

02/08/08 – Após o café da manhã, pegamos a beira mar a partir da Praia de Iracema passamos pelas praias de Meireles, Jurema e Futuro. Na praia do Futuro ancoramos no Crocobeach para desfrutar as maravilhas do local e degustar um camarão à milanez e sushi enquanto esperávamos as patroa fazerem tatuagens.
Depois da curtição deste local divino fomos dar uma “voltinha” pela trilha dos cataventos. Nenhuma descrição, nem mesmo as imagens das fotos podem descrever a sensação que tivemos do que achamos ser o paraíso dos jipeiros. Voltando ao centro de Fortaleza, à noite, fomos conduzidos por um amigo do Adelar ao restaurante Camarões, saboreamos a exelente culinária cearense.

03/08/08 – Saímos de Fortaleza direção leste, de acordo com o espírito da expedição, sem destino definido. No percurso passamos por três rios. Em dois a jangada comportava apenas um veículo por vez e movida a taquara com tração humana.
Para nossa surpresa, após a passagem da última balsa encontramos as maiores e mais longas dunas que já vimos. Simplesmente maravilhosas. Para fazer um comparativo, podemos dizer que são três vezes mais altas que a conhecida “Duna Mãe” e quatro vezes mais longas que o “Tuia”. Começamos a lembrar dos parceiros que gostaríamos que estivessem presentes. Lembramos de todos. Mas, a gozação maior ficou em cima do Luciano...: “o Luciano aqui iria enfertar”, “o Luciano aqui iria passar o tempo todo dizendo: Vééééiiioooo!!!...Vééééiiioo!!!”, “Ziiiinha, bate uma foto...Zinha, filma isso!!!””
Chegarmos na Praia de Canoa Quebrada com a maré nos empurrando contra as Falésias, ou seja, quase sem praia para rodar. Já em Canoa Quebrada, lugar imperdível, a atendente da pousada, que também é guia, ficou impressionada e não acreditando (tivemos que mostrar as fotos para provar) de que o nosso grupo havia conseguido cruzar tais dunas sem o auxílio de um guia. Esta praia paradisíaca tem ruelas estreitas com casinhas muito aconchegantes e um calçadão chamado de “Broadway” (super atraente) com muitos bares, restaurante, artesanato e uma culinária maravilhosa. À noite, tivemos Adelar na gaita e um grego, chamado Nikos, cantando Stones, Creedance, Neil Young e The Eagel. Sensacional. As pousadas ficam nas encostas das Falésias, tendo uma vista privilegiada para o mar. O café da manhã neste local foi inesquecível.

04/08/08 – Mais uma vez, sem destino definido, começamos a aventura. O dia foi vasto.
Na saída a marés estava baixando. Rodando direção sudeste encontramos no percurso centenas de barcos encalhados a mais de cem metros da praia, aonde chegamos com nossos jipes para bater fotos e ter a experiência única de ver a praia do ângulo dos barcos.
Mais adiante, em Grosso, cruzamos o Rio Mossoró com a balsa até Areias Brancas (onde estão as maiores salinas do Brasil). Seguindo pela beira da praia, resolvemos parar para o almoço, tranqüilos, sem pressa, pois a maré estava baixa.
Surpresa, durante o almoço a maré subiu e estava batendo no barranco junto ao restaurante. Saímos pela estrada alternativa, mas logo adiante voltamos para a beira do mar. Mesmo com a maré alta continuamos em alta velocidade fugindo das ondas (Jerri, Paulinho e Clódio – Rogério e Adelar seguiram pela estrada paralela). Ao anoitecer chegamos num deserto, na beira da praia (o Porto do Mangue). Neste instante, o Rogério nos chamou no rádio para sairmos imediatamente de onde estávamos, pois um morador da região estava lhe informando que ali havia um rio e este estava soterrado, tornando-se um local movediço onde nunca alguém havia conseguido passar. Ali já foram perdidos muitos carros. Neste momento percebemos que já tínhamos cruzado cerca de 60 % do trecho. Com muita frustração resolvemos atender aos apelos preocupados do Rogério. Voltamos e fomos ao encontro dos que já estavam na rodovia nos aguardando. Pensamos que o dia estava cheio. Que engano maravilhoso. Pegamos a rodovia RN-000 (destruída) em direção à Macau. Além da noite muito escura e sem nenhum civilização a principal dificuldade, na maior parte do percurso foi termos que rodar pelos barrancos laterais, pois a estrada já não existia mais. Chegando em Macau, abastecemos e decidimos que iríamos contornar a península até atingir Galinhos. Haviam duas rotas para chegar em Galinhos, por asfalto até Pratagil, onde teríamos que deixar os jipes e atravessar de barco até Galinhos. É bom lembra que já eram 20:00 e ainda estávamos decidindo o percurso. A outra rota, seria por trilhas e beira mar. Percurso só possível com uso de GPS, com veículos 4X4 e nenhum tipo de civilização. Em Macau, pedimos informações a várias pessoas, todas disseram a mesma coisa; não vão por tilha, é muito perigoso, vocês vão se perder, não tem pontos de referência, com maré alta nem dá pra chegar lá.
Beleza!!!!Gritou um no rádio, é isso que estamos procurando, vamos por trilha.
Seguimos pela RN-000 até a porteira de uma empresa salina. Isso mesmo, a porteira estava fechando a rodovia. É uma estrada como a nossa estrada do inferno, na parte com estrada de terra, porém fechada com portão e um segurança que disse: “querem chegar em Galinhos por trilha? É por aqui mesmo! Esta é a RN, nós fechamos, mas podem passar.
Dali em diante, só trilha. Seguindo o GPS, tranqüilos e achando que este recurso seria infalível, tivemos mais uma surpresinha. Uma placa dizia: “QUARENTENA, PROIBIDA A PASSAGEM”. Estávamos muito longe de tudo, 22:00 horas no meio da trilha. Começamos a buscar caminhos alternativos. Quando pensamos ter encontrado uma nova rota, outra placa, com os mesmos dizeres. Alguém gritou no rádio: “estamos fu...os”. O outro rebateu: esse é o espírito da expedição. Estava escrito no folder: poderíamos ter que dormir no carro”.
Continuamos na busca de uma nova trilha para contornar a quarentena e chegar no mar. Passamos por atoleiros, caatingas e...surpresa: uma cerca, novinha e bem esticada nos impedia de chegar ao mar. Buscávamos o mar, pois o GPS nos mostrava que, chegando no mar poderíamos seguir até Galinhos pela areia, única rota. Uns queriam cortar a cerca, outros não. Resolvemos seguir mais um pouco paralelo a cerca. Localizamos enfim, uma passagem na cerca que nos levava ao mar. Ufa!!!! Conseguimos enquadrar o GSP. Maré alta, todos cansados (22:30 horas) e tínhamos mais 10 Km por dunas e uma expectativa de riscos até Galinhos. Foram 10 Km de alta adrenalina, mas chegamos. Nova surpresa: A aldeia estava dormindo. Na pousada havia um sino que for tocado desesperadamente e ninguém apareceu. Saímos a pé pela vila e encontramos uma moradora que nos levou a casa do administrador da pousada. Agitamos a aldeia e à 1 hora da manhã a Gisa foi à cozinha fornear lazanhas congeladas, única alternativa que havia na pousada para matar nossa fome. Fechamos a noite com o Adelar cantando e tocando gaita. Quando amanheceu, enlouquecemos com a vista e com as peculiaridades da aldeia onde estamos neste momento atualizando o site (num quiosque da pousada à beira mar e com vários barcos ancorados ao nosso lado). Cenário digno das novelas mais românticas da Globo.

05/08/08 – Galinhos – Acordamos após uma reconfortante noite de sono, numa pousada paradisíaca, onde rapidamente nos mobilizamos para um passeio de barco pelos mangues e salinas da região. Foi surpreendente ver a rapidez da mudança da maré. Quando saímos com o barco para o passeio a maré estava alta com as ondas batendo no muro da pousada, porém ao voltarmos do passeio os barcos que estavam ali ancorados ficaram todos encalhados numa areia completamente seca. Almoçamos na pousada e saímos rumo a Natal. No trajeto, sempre pela beira do mar, acompanhando o movimento da maré, porém sempre apostando na aventura de vencê-la avançamos até que de repente, já na noite escura da beira mar, a surpresa: atingimos o limite, “voltem, voltem, voltem, estamos afundando”. Neste momento havia quatro jipes já afundando e um que percebeu o aperto conseguiu subir o barranco para ficar em posição de resgate. Com muita habilidade e perícia destes pilotos destemidos conseguimos logo vencer um desafio que sabíamos que poderíamos enfrentar, mas que na prática foi realmente assustador. Com muita dificuldade chegamos a Genipabu, onde pretendíamos conhecer e seguir ate Natal, porém esta praia oferecia muitos atrativos e uma pousada super-aconchegante.

06/08/08 – Na pousada Villa do Sol, após um delicioso café da manhã, no deck junto ao rio e mar (exatamente na barra) nos reunimos com um guia que nos levou a um passeio de buggy pelas famosas dunas fechadas a veículos não credenciados. Foram oferecidas duas opções de passeio: com emoção e sem emoção. Optamos por sugerir uma nova modalidade, a SEM NOÇÃO, mais adequada ao nosso perfil.
Durante o passeio de buggy realizamos atividades diversas como: fotos criativas com os nativos da região, passeio inesquecível de dromedários com vestimentas típicas.
Dali pegamos nossos possantes e, com auxílio do guia, desbravamos outras trilhas e dunas que não são fechadas a veículos não credenciados. O guia declarou nunca ter visto bugueiros nem jipeiros fazerem tais peripécias, ele disse: “ Viiiichhe, fiquei BESTINHA, voceis são doido mesmo”.
No lanche, o camarão gigante e carne de sol no espeto, a lagosta assada na brasa e o queijo coalho foram saboreados regados à Ula-Ula, servidos em mesas e cadeiras dentro da água da cachoeira de “sem” metro (isso mesmo, não tem nem um metro).
Para fechar o dia de aventuras brincamos no Ski-Bunda, Camicase e Tirolesa (aero-bunda). Tudo isso nas dunas de Genipabu.
À noite fomos jantar no melhor restaurante de frutos do mar de Natal, Camarões.

07/08/08 – Genipabu, Natal, Praia da Pipa. Manhã livre para compras, passeios em Natal e revisão de veículos. O almoço na “Taboa de Carne” serviu para reunir o grupo e partir para a Praia da Pipa. Pegamos chuva com maré alta e arrecifes que impossibilitaram que todo o trecho fosse cumprido pela beira do mar. Ainda pela beira da praia e com as ondas da maré alta batendo nos pneus, andamos em alta velocidade para conseguirmos alcança a última balsa. Chegando tivemos a sensação de que esta seria a primeira noite a dormir no jipe. A maré continuava subindo, o que impossibilitaria o nosso retorno e a balsa não se encontrava no local marcado no GPS (era um local deserto). A noite já caia quando avistamos a balsa vindo em nossa direção. Chegamos à noite numa prainha simpática, com muitas lojinhas de artesanato e uma quantidade enorme de turistas europeus fazendo happy-hour nos pub’s.

08/08/08 – Pipa ate João Pessoa – No trajeto entre Pipa e João Pessoa tivemos que desbravar caminhos por onde nunca alguém havia passado nas erosões (segundo um pescador local). Realmente o GPS apontava de que ali não havia trilha, mas nós continuávamos seguindo. Somente andamos em asfalto num certo trecho em que havia placas in formando de que ali era local de desova de tartarugas. Devido este desvio, entramos nas cidades de Rio Tinto e Carne de Vaca onde nos deparamos com uma enchente. Passamos com água acima do capô. Neste momento nosso comboio parou a cidade, que ficou assistindo e vibrando com nossa passagem, o que por alguns momentos substituiu o desconforto gerado pela enchente pelo prazer do espetáculo.
Voltamos para a beira da praia até o Ferri Boalt que dá acesso à cidade de João Pessoa.
Instalamos-nos num hotel à beira mar, passeamos à noite nas feiras de artesanato e jantamos num quiosque com música ao vivo. Tudo isso na beira mar.

09/08/08 – João Pessoa ate Olinda e Recife. Com um calor intenso partimos pela beira mar. Passamos por Tambaba (praia de nudismo, mas ninguém encarou a aventura). Essa praia naturista é muito linda, tiramos várias fotos. Dali em diante encontramos várias placas com indicação de trechos proibidos para trafego de veículos, motivo que nos fez desviar por trilhas alternativas. Nova aventura, cruzando aldeias indígenas e balsas sem motor, movidas a feijão, farinha e rapadura. Retornando mais adiante à beira mar cruzamos por cima de falésias muito altas onde batemos várias fotos e nos deliciamos com as paisagens magníficas. Chegando à Ilha de Itamaracá, passeamos pela orla e visitamos o projeto “Peixe Boi”. Como não havia balsa que cruzasse Itamaracá para Nova Cruz, aproveitamos para visitar o Forte Orange e contornamos pela Rodovia 101 até Nova Cruz, onde conseguimos a balsa para cruzar até Maria Farinha, que dá acesso a Olinda. Em Olinda nos surpreendemos com a beleza do local e a alegria dos nativos. Circulamos pelos prédios históricos, comemos tapioca, acarajé e fizemos algumas (muitas) compras nos artesanatos locais. Dirigimos-nos à cidade de Recife onde ficamos muito bem acomodados num hotel localizado junto ao mar e próximo ao centro na Praia de Boa Viagem.

10/08/08 – Domingo, dia quase livre. Destinado a manutenção e limpeza dos jipes e um novo passeio à encantadora Olinda. Com isso mais compras nos artesanatos e um show do Adelar com a gaita, acompanhado de dois repentistas (artistas locais).

11/08/08 – Saímos pontualmente às 8:00 horas, sem a companhia do Rogério, pois este ficou em Recife esperando peças para o conserto da cherokee. Fizemos um tour pelas Praias de Boa Viagem, Piedade e Candeias. Dali seguimos por beira de praia, passando por vários povoados com lindas paisagens e muitas embarcações encalhadas devido à maré baixa. Cruzamos a Mata do Zomba rumando para a Enseada dos Corais e chegamos ao Cabo de Santo Agostinho (descoberto pelo navegador Américo Vespúcio, que estava a serviço da Coroa Portuguesa, em 1501) onde ficam as praias encantadoras como Calhetas e Paraíso com água limpa, muito verde, pedras num ambiente altamente preservado e tranqüilo, que também nos reservou surpresas como: a pitoresca Vila de Nazaré e o antigo farol em ruínas, que permitem que a nossa imaginação viaje em muitos mistérios.
Retornamos à estrada e fomos até a Praia Porto de Galinhas. Passeamos pelas lojinhas do calçadão. Almoçamos a beira mar entre barcos e jangadas. Dali pegamos um pouco de estrada, pois neste trecho haviam muitas pessoas na praia, a estrada costeava a beira mar. À noite caiu, chegamos a Maragoggi pela beira da praia, cruzando canais profundo já na escuridão total.

12/08/08 – Conforme combinado, acordamos bem cedo para o passeio de Catamarã, que nos levou até as piscinas naturais, com direito a mergulho e fotos dos recifes e peixes coloridos. O Jerri fez o mergulho com instrutor e tubo de oxigênio, onde tirou fotos nos corais, peixes e lagostas nas profundezas do mar. As crianças passearam de gaiola pela beira da praia. À tarde, saímos de Maragoggi em direção à Maceió. Alternamos o trajetos entre beira mar, canaviais, coqueirais e pequenas cidades pitorescas, inclusive aldeias indígenas (numa delas fizemos um almoço inusitado, onde o grupo liderado pela Pépi assumiu a torradeira de uma pequena lachonete, fazendo mistos quentes inesquecíveis). Já no final da tarde nos aventuramos dentro d’água contornando coqueiros caídos, cruzando sobre as ondas e até mesmo sobre os troncos dos coqueiros caídos. Só para tirar o sal enfrentamos riachos profundos com água até o capô.
Já caindo à noite, quando não achávamos saída da praia, pois havia um canal muito profundo, enfrentamos uma escadaria de veranistas para acessarmos a estrada e logo chegar em Maceió, onde nos hospedamos na beira da Praia de Pajuçara. Neste momento tivemos a alegria de reencontrar os amigos Rogério e Gisa que haviam ficado em Recife. Contratamos uma Van para fazer um city-tour pela cidade.

13/08/08 – Logo cedo, repetimos o city-tour feito de van, desta vez com nossos jipes. Pela rodovia 101 chegamos à Barra de São Miguel, cruzamos mais uma balsa e encontramos a Praia do Gunga, onde há um mirante muito alto, com vista para a praia, coqueirais e canaviais. Nos aventuramos pelos canaviais, em busca de um acesso à praia, porém o que conseguimos foi “Rally” em pequenas estradas de terra e barro. Encontramos o mar entre uma falésia magnífica.
À beira mar, mais pedras até chegar na parte de baixo das falésias, na Praia do Carro Quebrado. Imaginamos ter esse nome devido a quantidade imensa de pedras e a maré que sobe em minutos, sendo que não tem saída. Mesmo assim fomos bater fotos e voltamos com muita técnica entre as pedras e com as ondas já batendo nos carros. Aventura muito perigosa.
Após cruzar a balsa na Barras do Jequiá e contornar o Pontal do Coruípe, nos afastamos um pouco do mar em Potengi para pegarmos a balsa em Penedo cruzando o famoso rio São Francisco. Depois de cruzar o São Francisco pretendíamos ir até a sua Foz que fica em Brejo Grande, na Ponta dos Mangues. Neste momento, o troller do Clódio apresentou problemas mecânicos e teve que ser rebocado até Aracajú.
Em Aracajú, à tardinha, tratamos de adiantar o serviço de conserto no troller com problemas e nos hospedamos na Praia de Atalaia. Depois da janta passeamos pela praia.

14/08/08 – Enquanto muitos curtiram a praia e o hotel (5 estrelas) outra parte foi divertir-se na oficina Chekem-Up (onde fomos super bem atendidos) que nos levou à conhecer toda a capital em busca de peças. Ao meio-dia, com todos os veículos em “condições de rodar” saímos de Aracajú pelas praias de Sergipe, cruzando balsa em Mosqueiro, passando pelas Praias de Santa Cruz do Abais e Saco. Nova Balsa para Mangue Seco, passamos a divisa entre Sergipe e Bahia e chegamos à região chamada Costa Azul.
Nossa intenção era ir até a Costa do Sauípe, porém não resistimos ao encanto da Praia de Sítio do Conde, onde encontramos uma Pousada administrada por Gaúchos, a Coco Beach, de frente para o mar e uma bela estrutura.

15/08/08 – Acordamos cedo para relaxar, curtir o local e colocar o site em dia. Após o almoço, saímos em direção a Salvador, porém não deixamos de conhecer pelo caminho o milionário Condomínio e os Hotéis da Costa do Sauípe, a Praias de Imbasal e a Praia do Forte.
A Praia do Forte é mais uma das muitas imperdíveis no Nordeste, muitos artesanatos, ruelas estreitas e românticas, o Instituto Baleia Jubarte e o famoso e Projeto Tamar. No Projeto Tamar vimos de perto as tartarugas gigantes, arraias, tubarões e muitos outros peixes curiosos.
Ao entrarmos em Salvador enfrentamos o maior congestionamento que já vimos, foram 27 Km de tranqueira.

16/08/08 – Lavamos os jipes, que já estavam virando charque, de tanto sal entranhado por tudo, mandamos pulverizar o motor e a suspensão (para que tenham uma boa conservação neste período em que estarão em viagem para o Sul) e entregamos para a Transportadora.
À tarde fizemos uma visita ao Mercado Modelo, um passeio pelo Elevador Lacerda, uma volta pelo centro historio e as despedidas, pois quase todos tinham os vôos de retorno à Porto Alegre à tardinha e a noite.
O Jerri e a Pépi ainda foram sentir o encanto da noite bahiana, assistindo um show folclórico, com desfile de danças típicas, samba de roda, puxada de rede, maculelê, capoeira, etc...
Fim de uma gloriosa, bem sucedida e surpreendente expedição. Surpreendente devido à superação das expectativas. Vencemos o roteiro no tempo exato e com proveito total de cada centímetro de praia que passamos. Conhecemos como ninguém todas as praias de Fortaleza até Salvador, mas todas mesmo, e a beira mar entre uma e outra praia também. Cruzamos todos os canais, por balsa, barca, jangada ou rodando. Conhecemos os perigos da maré alta e o inusitado dos barcos e jangadas encalhadas na maré baixa. Deslumbramos-nos com as paisagens mais belas da América e descobrimos praias lidíssimas que são praticamente desconhecidas. As sete capitais foram atrações muito especiais devidos aos pontos turísticos, locais históricos, projetos de preservação do meio ambiente, praias badaladas e bem estruturadas.
Mas, o que já se esperava, porém também se pode apontar como surpreendente, foi o comportamento, a perícia, a técnica e o equipamento de ponta em termos de trilha, que aliados ao espírito aventureiro de cada participante nos fez passar16 dias inesquecíveis.

Parabéns pilotos e navegadoras: Jerri e Pépi – Rogério e Gisa – Clódio e Lígia – Adelar e Fátima – Paulinho TNT, Adri, Dodô e Chuchu. Nossa viagem foi um sucesso e o nosso grupo merece nota 10.
 




























































































































 
 
 
 
   
   
 
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